domingo, 24 de fevereiro de 2008

Câmara analisa substituir exame da OAB por estágio

O exame de Ordem, aplicado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) está mais uma vez na berlinda. Agora, a proposta parte de Mato Grosso do Sul por meio do projeto de lei apresentado pelo deputado federal Waldir Neves (PSDB). Ele mesmo foi uma das "vítimas" do exame. Formado em Direito, não passou na prova da Ordem em 2004.
A idéia do deputado é substituir o exame por mecanismo semelhante à residência obrigatória aos alunos de Medicina. O período seria de 24 meses após a conclusão da graduação sob a supervisão de um advogado com mais de 5 anos de exercício.
Segundo a argumentação do parlamentar, "o exame de ordem não é mecanismo eficiente para avaliar o desempenho dos futuros advogados no mercado de trabalho". O deputado critica o elevado número de faculdades de Direito e a conseqüente dificuldade em fiscalizar a qualidade dos cursos por parte do Ministério da Educação e da OAB.

Para o deputado, "os bacharéis em Direito são penalizados por cursos de qualidade insuficiente e que só funcionam com anuência dos órgãos responsáveis pela por evitar a criação de novas faculdades". A justificativa é recheada de números. De acordo com o parlamentar, nenhum estado atinge 50% de aprovação, enquanto a média nacional fica em 20%.

As justificativas do projeto do parlamentar Waldir Neves não diferem da maioria de outras sete propostas, também analisadas no ano passado pela consultoria legislativa da Câmara dos Deputados. A conclusão é de que o exame é indispensável para o exercício profissional.
O diagnóstico considerou, além das propostas que abordavam desde o fim do exame até modificações para determinadas carreiras (a magistratura está entre elas) a legislação em outros países.

De acordo com a pesquisa, o exame de ordem não é uma inovação brasileira, mas nos atuais moldes do ensino jurídico no País é o que mais se aplica. Também foram analisados textos, artigos e pesquisas que questionam, inclusive, a constitucionalidade da prova.

O presidente da OAB/MS (Ordem dos Advogados e Mato Grosso do Sul/Seccional Mato Grosso do Sul) Fábio Trad é taxativo ao falar do exame: “Não adianta. Se acabar com o exame vai ter muito advogado fazendo besteira. Mesmo com o exame já existe”.

Fábio Trad explica que o foco não é o exame e sim as faculdades que têm qualidades questionáveis. “Hoje é muito fácil entrar. É preciso olhar a forma de acesso dos estudantes à faculdade. As faculdades de direito apresentam um quadro estrutural deficiente, tanto de professores como alunos. Mas isso não significa que a OAB vá retirar o exame. Um erro não vai justificar o outro”.
Irônico, Fábio Trad alfineta Waldir Neves. “O deputado é muito inteligente. Se não fosse, não teria essa brilhante carreira política. Mas a recomendação é que ele use a inteligência para estudar Direito e passar no exame de Ordem”.


Senador Paulo Paim e sua fala

Olha aí, pessoal, colegas e simpatizantes do MNBD, o nosso representante no Senado, no começo de sua fala, diz: "Este debate se entrelaça com o sentimento de todos aqueles que ao longo de suas vidas acreditaram que um mundo diferente é possível". E mais: "que luta pelos direitos civis, que busca a inclusão das pessoas com deficiência, que não aceita crianças fora da escola".

Doutores, não vou ficar aqui repetindo o que o nosso brilhante senador gaúcho falou, mas tudo o que ele tem feito em sua vida pública, que tenho acompanhado, são convergentes com os nossos sentimentos de democracia dos direitos dos cidadãos bacharéis.


Queremos e exigimos respeito, pois aqueles que não respeitam os outros não podem querer que os respeitem, isto é um dos Princípios Constitucionais mais importantes da nossa democracia. Portanto, senhores e senhoras e colegas, nós, bacharéis em Direito, acreditamos, sim, como nosso senador e presidente da Comissão de Cidadania e de Direitos Humanos do Senado, que irá ter fim o caos e a opressão em que os maus dirigentes da nossa querida OAB nos colocaram.

Queremos poder ter o direito de trabalhar, assim como todos os demais bacharéis do nosso País. Se nós, operadores dos direitos, não lutarmos pelos nossos direitos, que moral teremos com os direitos de outrem, quando formos chamados para defendê-los?!

Quero agradecer, desde já, ao senador por ter, de imediato, atendido ao nosso chamado e por estar junto de nós, segurando esta bandeira de tão nobre causa.

Atenciosamente,

Bel. Dr. Antonio Julio - Membro do MNBD POA/RS.

AS DUAS FACES DO PRESIDENTE DA OAB/RJ

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, qualificou de "estapafúrdia" e "isolada" a liminar concedida aos seis bacharéis que não conseguiram ser aprovados no Exame de Ordem. Ele lembrou que, se a decisão não for suspensa imediatamente, as "conseqüências serão muito graves, abrindo espaço para uma enxurrada de ações para que possa advogar um sem-número de bacharéis sem qualificação, que porão em risco a liberdade, o patrimônio, a saúde e a dignidade de seus clientes. A OAB, afirmou o presidente, "tem um compromisso com a sociedade e não pode permitir que faculdades de beira de estrada, verdadeiros caça-níqueis de estudantes, despejem no mercado centenas de milhares de pessoas despreparadas para advogar". Damous lembrou que há 1,5 milhão de alunos matriculados em 1.077 cursos jurídicos no país - a maior parte sem qualificação - para 600 mil advogados. "A OAB não vai permitir que ignorantes advoguem e ponham em risco a sociedade", garantiu.)"

Fontes:

Doc.1 - http://www.cmconsultoria.com/vercmnews.php?codigo=29319 (ref.: Jornal do Commércio – RJ)

Doc.2 - http://www.r2learning.com.br/_site/noticias/noticia_default.asp?ID=3418 (ref.: OAB - Federal)

Doc.3 - http://conjur.estadao.com.br/static/text/63031,1 (ref.: Consultor Jurídico)

Doc.4 - (ref.: O Globo Online) http://oglobo.globo.com/educacao/mat/2008/01/15/oab-rj_recorre_para_impedir_que_reprovados_em_exame_advoguem-328036398.asp

Doc.5 - http://www.cesupa.br/clipping/clipping2.asp?id=3479 (ref.: Última Instância)

Doc.6 - http://www.zymboo.com/noticia/1/nacional/oab/25649/ (ref.: Agência O Globo)

Doc.7 - http://www.conesulnews.com.br/leitura.php?can_id=6&id=87303 (ref.: Terra)

Doc.8 - http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia.aspx?cod=52397 (ref.: Migalhas)

Doc.9 - http://www.oab-sbc.org.br/noticias-exibicao.php?noticia=7637 (ref.: OAB-RJ)

Ressalta-se que, as supracitadas declarações repercutiram de forma negativa no meio jurídico que provocou a reedição da notícia, sendo retirado do sítio, a frase da terceira manifestação, contendo a palavra “ignorantes”. Essa reedição foi confirmada pela própria OAB de São Bernardo do Campo que publicou a notícia original no seu sítio, fazendo referência da fonte, a OAB/RJ, e por ter sido publicada nos meios de comunicação.

Contudo, em 26 de Janeiro de 2008, o grande paradigma desta Nova OAB/RJ, que é referência na advocacia, por sucumbir no acórdão da QUARTA CÂMARA CRIMINAL DO TJ/RJ – APELAÇÃO N° 1248/02, conforme explicitado no blog do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito no Rio de Janeiro (MNBD-RJ), com sítio neste endereço eletrônico http://mnbd-rj.blogspot.com - e ser por diversas vezes reprovado, 5 (cinco) no total, pelos próprios advogados, que elegeram-lhe na 6ª (sexta) vez para Presidente da OAB/RJ, pela sua facilidade em administrar recursos financeiros, numa entrevista, ainda declarou:

OAB – Federal - Entrevista: Acabou a farra dos "bacharéis"

Brasília, 27/01/2008 - A entrevista "Acabou a farra dos bacharéis" foi concedida pelo presidente da Seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Wadih Damous, aos jornalistas Marcone Formiga e Pollyanna Nóbrega, a revista Brasília em Dia. Faz muitos anos que o Ministério da Educação tinha conhecimento que os cursos de Direito que autorizava funcionavam mesmo como fábricas de diplomas de bacharéis, em muitos casos semi-alfabetizados, com total ignorância, incapazes de redigir um requerimento sequer sem agredir a gramática e as mais elementares regras jurídicas. Entendemos o drama desses bacharéis de Direito que querem ser advogados e não conseguem êxito no Exame de Ordem, mas temos que aguardar para ver efetivamente quais serão os efeitos da medida do Ministério da Educação.

Realmente, a dificuldade do exame de ordem está na lisura do procedimento que vem sendo adotado pela OAB/RJ, fazendo com que uma notificação extrajudicial seja rejeitada por funcionários da entidade, depois da ciência de todo o teor, deixando a míngua vários bacharéis, sem saberem quais os resultados de seus exames. (conforme explicitado no blog do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito no Rio de Janeiro (MNBD-RJ), com sítio neste endereço eletrônico http://mnbd-rj.blogspot.com )

O Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito, que move a ação, acusa a OAB de se empenhar em fazer reserva de mercado. O que o senhor diz sobre essa acusação? Esse Movimento precisa ser melhor investigado, já que é um movimento nacional de bacharéis. É preciso saber qual é a fonte de recursos desse movimento, já que se pressupõe que essas pessoas não estão ainda no mercado de trabalho, não vivem de recursos próprios. No entanto, o Movimento tem sites, tem jornais, produz milhares de panfletos contra o Exame de Ordem... Acho que o Ministério Público deveria investigar a fonte de recursos desse Movimento.

Fontes:

Doc.10 - http://www.brasiliaemdia.com.br:80/2008/1/24/Pagina3811.htm (Brasília em Dia)

Doc.11 - http://www.oab.org.br/noticia.asp?id=12427 (ref.: Brasília em Dia)

Doc.12 - http://blog.reul.adv.br/?p=59 (ref.: OAB)

Doc.13 - http://www.meuescritorio.com.br/noticias.asp?acao=ler&texto=3691 (ref.: OAB)

CARTA PÚBLICA DO EX-PRESIDENTE DA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA OAB/RJ

Em decorrência de minha exoneração da Comissão de Direitos Humanos e Acesso à Justiça (CDHAJ) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro (OAB/RJ), por determinação da Diretoria da OAB, e diante da repercussão da notícia nos meios jornalísticos, venho a público esclarecer os seguintes fatos.

Como advogado, participei ao longo de dezesseis anos da luta pela renovação da OAB-RJ, fazendo parte do movimento "Nova OAB". Ao ser eleito pelo Conselho Seccional da OAB-RJ para a presidência CDHAJ, dei cumprimento a esse compromisso com o encontro "OAB de Portas Abertas", durante o qual a Comissão recebeu, ouviu e registrou as demandas da sociedade em matéria de direitos humanos, elaborando uma agenda de trabalho definida a partir das reais necessidades da sociedade. Nesse encontro, teve especial importância o tema da segurança pública e da violência no Rio de Janeiro.

Paralelamente, iniciamos uma série de ações de fiscalização de denúncias de violação dos direitos humanos. Recentemente, a iniciativa da Comissão de colher depoimentos e analisar laudos envolvendo as mortes ocorridas no "Complexo do Alemão" geraram represálias por parte de diversos setores do governo e, surpreendentemente, da própria Direção da OAB/RJ, incomodada com o fato de que divulgáramos informações sem prévia autorização do Presidente.

Apesar das declarações dos integrantes da cúpula da segurança pública do Estado de que as mortes ocorreram "durante o confronto" e todos os mortos eram "marginais" - ou talvez justamente por isso - iniciamos uma mobilização para exigir a apuração dos indícios das graves violações dos direitos humanos.

É direito da população saber o que realmente houve naquele dia e dever da Comissão de Direitos Humanos exigir que as autoridades apurem. Não podemos ser ingênuos a ponto de achar que tiros pelas costas a curta distância e disparos na nuca, tão característicos de execuções, não merecem ser apurados.

Contudo, no dia seguinte à divulgação do parecer técnico, solicitado pela CDHAJ, a presidência do Conselho da OAB/RJ publicou uma nota oficial, desautorizando a iniciativa da Comissão de Direitos Humanos e afirmando que irá "denunciar abusos ou violações dos direitos humanos em operações policiais, caso isso seja comprovado". Ao contrario do que sustenta a auditoria da OAB-RJ, não é papel da Comissão de Direitos Humanos julgar nem condenar ninguém, mas sim exigir que fatos sejam apurados. Se a Comissão de Direitos Humanos tiver que esperar comprovações para fazer denúncias, nenhuma denúncia será feita e nenhuma comprovação será produzida.

Investindo numa conduta ainda mais autoritária, no dia 12/07, a secretária da presidência da OAB-RJ foi flagrada por membros da CDHAJ pela manhã, antes do horário de expediente, no gabinete da presidência da CDHAJ, verificando o computador (de uso reservado) e com diversas gavetas abertas. Como se não bastasse tal atitude policialesca, ainda nesse dia, um funcionário da CDHAJ, sem o conhecimento de sua presidência, foi sumariamente demitido, dando um tratamento patronal a uma questão política.


Portanto, não posso dizer que fui surpreendido pelas declarações atribuídas ao Presidente da OAB pelos jornais. Segundo consta das matérias, minha exoneração deveu-se à postura independente da Comissão de Direitos Humanos.

As críticas que me são formuladas traduzem bem o distanciamento dos valores e a incompatibilidade entre as ações da Diretoria da OAB-RJ e as da Comissão de Direitos Humanos. Enquanto prezamos a coragem e a independência de um órgão que tem por dever apurar e encaminhar denúncias de violações de direitos humanos, a presidência da OAB assume publicamente a preferência por censura prévia e alinhamento com as autoridades governamentais.

O conjunto das condutas da presidência da OAB-RJ, repudiadas pela maioria dos movimentos sociais e entidades de direitos humanos, revelam uma submissão aos poderes executivo estadual e federal, buscando calar e imobilizar a CDHAJ no sentido de evitar a denúncia dos abusos cometidos. Isso é uma conduta que rompe com uma tradição de respeito à autonomia da entidade frente aos poderes políticos e expressa uma compreensão ética muito diferente dos padrões defendidos durante a campanha pela "Nova OAB".

Enquanto prezamos valores democráticos de liberdade e igualdade, a presidência mostra tendências autoritárias, exonerando da presidência da Comissão um advogado que não foi nomeado por essa presidência, mas eleito pelos integrantes do Conselho Seccional e detentor de mandato, conforme prevê o provimento do Conselho Federal.


O fato do Presidente e sua diretoria acreditarem estar acima do Conselho e acima das leis talvez explique o interesse em não denunciar práticas arbitrárias das autoridades públicas. Confundem autoridade com autoritarismo.

Mas sei que não devo me curvar às aspirações políticas e aos arranjos de ocasião. Tenho ainda bem claros os valores que defendi durante minha vida, sobretudo a intransigência com abusos e violências contra seres humanos. Se o papel de uma Comissão de Direitos Humanos é incomodar as autoridades públicas, lembrando-as que devem prestar contas aos cidadãos, sei que cumpri meu papel com dignidade e coragem.


Manifesto que os fatos indicados traduzem a distância entre as ações da Diretoria da OAB-RJ e a luta da Comissão de Direitos Humanos e Acesso à Justiça da Seccional. E tão fundo foi o distanciamento que se transformou em radical incompatibilidade. E tão claro ficou este antagonismo que, tão logo ciente da mencionada e unipessoal exoneração, a maioria dos integrantes da Comissão de Direitos Humanos apresentou renúncia coletiva. Este reprovar coletivoraro na história da Ordem dos Advogados - firma, no dimensionamento histórico de nossa entidade, que os Direitos Humanos não comportam transação de princípios.

Rio de Janeiro, 19 de julho de 2007.

João Tancredo.

O Contraponto da Ventriloquia

A semelhança da caricatura com um boneco de ventríloquo é mera coincidência

Acessem o blog http://mnbd-rj.blogspot.com

Culpa da escola

Não é Exame que barra entrada de bacharel no mercado

por Marina Ito

O bacharel em Direito é a vítima que não consegue identificar seu algoz. Acredita que é o Exame de Ordem que o impede de entrar no mercado de trabalho. Não é. O problema é das faculdades que permitem o ingresso de estudante despreparado para cursar o ensino superior e não se importa em ajudá-lo a suprir suas deficiências. Ou será do ensino fundamental que não prepara o estudante para fazer bem a faculdade?

Ontem, éramos ignorantes. Hoje, somos bacharéis com alto grau de articulação. Quais são as universidades ruins? Quais os melhores cursos preparatórios? Travessa do Ouvidor, com membros da OAB?

A constatação, bem como a dúvida, são do presidente da Comissão do Exame de Ordem da OAB do Rio de Janeiro, Marcello Oliveira. Segundo o advogado, as estatísticas do exame permitem apontar quais são as faculdades ruins. De acordo com ele, a iniciativa da OAB é detalhar ainda mais os dados para permitir que a instituição melhore nas questões em que seus bacharéis se saíram pior na prova.

O Professor Rogério Borba pertence ao corpo docente de uma univercidade, opss... perdão, universidade ruim? Como sempre, evasivas!

À frente da comissão desde janeiro de 2007, Oliveira contou, em entrevista à Consultor Jurídico, as experiências – e problemas – inerentes à função. Marcello Oliveira sabe que o Exame de Ordem está cada vez mais visado, motivo pelo qual, segundo ele, a OAB vem tomando providências para tornar a prova segura. Perguntado sobre as suspeitas de fraudes nos exames de algumas seccionais, Oliveira afirmou que houve tentativas. “Se o que está havendo é prevenção e as denúncias estão ocorrendo antes de macularem o exame, onde é que está o prejuízo à instituição?”, pergunta.

Alguém entrevistou Márcio Auríni da Silva? Proprietário da copiadora Jacoenc. Ele tem muito para falar.

O Estatuto da Advocacia, cobrado na prova, costuma aparecer no rol das queixas sobre o Exame. “O advogado que não tem ciência das suas prerrogativas, que se curva quando deveria fazer uma defesa intransigente do cliente ou diante do abuso de um juiz, enfraquece a advocacia”, afirma Marcello.

Nas prerrogativas de um advogado está o direito de fazer uso do dinheiro alheio?

Quanto à polêmica decisão liminar da juíza Maria Amélia de Carvalho, já suspensa pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que permitiu a seis bacharéis advogarem sem passar no Exame, Oliveira faz coro ao presidente da seccional fluminense da OAB, Wadih Damous. “Esse tema deve ser debatido em ação de inconstitucionalidade e não suscitado em um deferimento de uma tutela antecipada que pode trazer prejuízos à OAB. Em um primeiro momento, esse tipo de decisão enfraquece a instituição”, afirmou.

Perde recursos financeiros?

Jovem, o presidente da comissão se submeteu ao Exame de Ordem em 1998, pouco tempo depois que a obrigatoriedade foi imposta. Oliveira formou-se na PUC do Rio, especializou-se em Direito Empresarial e em Processo Civil. Atualmente, advoga para o escritório Tauil, Chequer & Mello na área de energia.

E foi aprovado após recurso, segundo o Prof. Fraga.

Atua como professor da Puc do Rio há dois anos e meio. “Sempre tive facilidade de estabelecer contatos no meio acadêmico. Tenho muitos amigos que dedicaram exclusivamente à academia e outros que a conciliam com a advocacia”, afirmou.

Leia a entrevista

ConJur — É justo um estudante, que fez vestibular para entrar na faculdade, estudou cinco anos ou mais, recebeu um certificado de conclusão e habilitação, depois de tudo isso ter de se submeter a nova avaliação para poder exercer a profissão de advogado?

Marcello Oliveira — Há várias questões que precisam ser aprofundadas. Que prova ele prestou para entrar na faculdade? O que se verifica é a proliferação de cursos que aceitam o ingresso do estudante mesmo sabendo que ele não tem condições de cursar o ensino superior. Não há a preocupação em mostrar ao aluno quais são as deficiências dele nem em ajudá-lo a recuperá-las. A faculdade apenas vende esperança. O bacharel é vítima. E a OAB a vítima preferida deles, porque acreditam que é o Exame de Ordem que os impede de ingressar no mercado de trabalho.

Observe que a afirmativa não é comprovada.

É como se disséssemos que na OAB/RJ existe uma Priscila Antunes.

ConJur — Não é?

Marcello Oliveira — Não. Se 66% dos alunos de uma determinada universidade foram aprovados e outras três ou quatro com percentual próximo, vê-se que o problema não é da OAB. Não é o Exame de Ordem que torna o candidato incapaz de ingressar no mercado da advocacia. É a formação dele nos ensinos básico, médio e superior. Candidatos da Uerj [Universidade do Estado do Rio de Janeiro], UFF [Universidade Federal Fluminense], UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro] passam.

Na hora de citar as universidades públicas é mais objetivo, porém como funcionário da UFRJ posso atestar que professores da Univercidade ministraram aulas como professores substitutos na UFRJ. Não o Professor Rogério Borba. Esta é uma pergunta para pedagogo.

ConJur — Não há também um problema cultural em que as pessoas entram na faculdade pensando apenas no diploma?

Marcello Oliveira — Eu não culpo aquele que tem a esperança de ingressar. Ele é a vítima. Só não acredito que ele esteja conseguindo identificar seu algoz. Não é fácil o discurso da OAB de culpar as instituições de ensino. Não estou dizendo que a faculdade A, B ou C é ruim, por isso os candidatos não passam. É estatístico.

Novamente evasivas, fazendo inclusive, contraponto aos discursos do nosso estimado Presidente da República.

ConJur — E qual foi o índice de aprovação no último Exame de Ordem?

Marcello Oliveira — A última prova elaborada exclusivamente pela OAB do Rio de Janeiro foi o Exame 33. Tivemos aproximadamente 17% de candidatos aprovados, resultado melhor que o do Exame 32 que, após os recursos, teve aprovação de 10%. Apesar da recuperação no Exame 33, o resultado ainda está aquém do que gostaríamos. Ainda não tenho os resultados por universidade, mas no 32, quando 10% foram aprovados, a Uerj aprovou 66% dos seus alunos.

ConJur — Como a prova é elaborada?

Esta eu respondo, só Deus sabe!

Marcello Oliveira — Antes do Exame unificado, tínhamos as bancas exclusivamente do Rio de Janeiro que debatiam sobre os temas que entrariam na prova. Com o Exame unificado, a diferença é que temos uma banca nacional que se reúne em Brasília para a elaboração e correção das questões. O Rio indicou para a banca nacional o professor Carlos Alberto Barbosa Moreira, grande mestre em Direito Civil e pessoa da minha absoluta confiança.

ConJur — O que muda com o Exame unificado?

Marcello Oliveira — A unificação do Exame soluciona problemas de logística e de estrutura. Com isso, podemos nos concentrar nos aspectos acadêmico-pedagógicos para que o Exame efetivamente reflita o ensino e o conhecimento de um candidato que ingresse na profissão. O Exame unificado também traz um fortalecimento institucional para a OAB. Apenas alguns estados não aderiram. São Paulo não entrou no Exame unificado, mas acabou de contratar o Cespe para fazer a próxima prova. Acreditamos, ainda, que o Exame unificado vai evitar problemas como atraso na divulgação dos resultados.

É uma verdadeira operação de guerra, logística... Nem mesmo a segurança pública deste Estado tem esse aparato.

ConJur — Por falar em atraso, quem recorreu das provas discursivas do Exame 33 não sabia se tinha de fazer o 34. O que houve de errado?

Marcello Oliveira — Posso te assegurar que cerca de 60 % dos candidatos já sabia, porque foi divulgado antes da prova o resultado de Penal, Constitucional, Trabalho e Empresarial. Candidatos de Penal e Trabalho representam mais da metade dos candidatos. A notícia que foi disseminada, de que os candidatos não sabiam se tinham passado, é em parte verdadeira. Houve, de fato, uma dificuldade de comunicação entre os coordenadores do Cespe. Dia 22 de janeiro foram publicadas as últimas três áreas que faltavam: Civil, Administrativa e Tributária.

E o 32º, e a notificação extrajudicial do 1º ofício que nenhum funcionário quis assinar. Até hoje, espero a resposta da Ana Nadal.

ConJur — Mas essas pessoas tiveram que prestar o Exame 34.

Marcello Oliveira — Quem prestou o exame 34 e foi aprovado no 33 em função do recurso interposto vai ter o dinheiro da inscrição devolvido. É um compromisso que assumimos porque obviamente foi um problema administrativo nosso. O que me tranqüiliza é saber que no próximo exame esse problema do atraso vai ser, se não absolutamente sanado, muito minimizado.

ConJur — É verdadeira a história de a prova tem um monte de pegadinha?

Marcello Oliveira — Pode haver questionamento sobre a propriedade de determinado enunciado. Mas o que podemos fazer é corrigir isso. Não tem como melhorar e evitar as pegadinhas se não analisarmos o que já fizemos. Confiamos nos nossos examinadores. Não sei se a magistratura ou o Ministério Público está disposto a fazer esse debate, mas a OAB está porque se encontra no olho do furacão.

Claro que não, tem é erro mesmo! Até Ancelmo Gois publicou OAB REPROVADA.

ConJur — O número divulgado de reprovados por faculdade em cada exame inclui aqueles que não conseguiram ser aprovados na prova anterior?

Marcello Oliveira — O índice de reprovados não significa novos bacharéis daquela instituição necessariamente. Podem ser bacharéis que já fizeram exame. Há bacharéis que prestaram a prova sete vezes. Acontece. Quando eles levarem a sério o exame e entenderem quais são suas deficiências, provavelmente, vão passar.

ConJur — Se o maior problema está nas instituições de ensino, como fazer para mudar essa situação?

Marcello Oliveira — Há mecanismos legais para isso. Entre as atividades da OAB está a de elaborar pareceres sobre a condição do curso. O MEC poderia dar mais atenção a esses pareceres, porque no período de três anos, 50% dos pareceres do Conselho Federal foram absolutamente ignorados. O corte anunciado de 6,3 mil vagas em 29 instituições já é um começo. O planejamento até 15 mil cortes em cerca de 80 instituições que apresentaram baixo índice de aprovação no Enade também. Ainda que muitas dessas vagas estejam ociosas, o MEC pede a redução para que haja atenção maior da instituição ao candidato que apresenta deficiências. Já tem três instituições de ensino que abriram capital.

Tudo que OAB sonhou, ser o MEC!

ConJur — E o que isto tem a ver com a qualidade do ensino?

Marcello Oliveira — Não sou contra; a captação de recursos é necessária para o desenvolvimento de muitas atividades. Mas por que não se debate o interesse do aluno versus o interesse do investidor? A princípio, são interesses de difícil conciliação. Ao invés disso, ficam com soluções fáceis como a do senador Gilvam Borges, que diz que nenhuma profissão exige aprovação em avaliação depois da formação. Isso é analise que um senador faça? Os outros não têm e por isso o Direito não pode ter?

ConJur — Por que no Direito se exige a avaliação? O próprio mercado não se encarrega de filtrar os maus profissionais?

Marcello Oliveira — A advocacia é uma atividade em que há interesse público. Apesar de as pessoas não verem isso com tanta clareza como na profissão do médico, o advogado interfere no patrimônio ou na saúde do cliente, pode levá-lo à ruína. Se o profissional não for qualificado, pode causar enormes prejuízos à sociedade. O advogado que não tem ciência das suas prerrogativas, que se curva quando deveria fazer uma defesa intransigente do cliente ou diante do abuso de um juiz, enfraquece a advocacia. Acho que a assertiva de que o mercado regularia é uma visão que não considera determinados valores.

Afinal, vai que um bacharel desses resolve ser presidente do sindicato dos advogados e usa a verba do sindicato para pagar sentença pessoal, isto seria uma atitude não recomendável e antiética, sujaria a classe dos advogados.

ConJur — Mas se o Exame de Ordem não fosse obrigatório, o resultado não seria semelhante?

Marcello Oliveira — Mas o trabalho da OAB seria mais volumoso. A Ordem também tem função disciplinar e o exame tem uma função preventiva. É claro que se houver profissionais mais qualificados, evitamos má prática, violação ética e, conseqüentemente, de levar advogados ao Tribunal de Ética. O que fazemos é uma primeira triagem de pessoas comprometidas com a advocacia. Não vamos esperar que o cliente se frustre com aquela prestação de serviço para depois julgar o advogado.

Não, hoje a OAB responde solidariamente com os advogados aprovados no exame de ordem que lesaram o erário e pretende devolver aos cofres públicos tudo que fora retirado.

ConJur — O Exame da Ordem pode avaliar o conhecimento jurídico. Mas e a parte ética, como se avalia?

Marcello Oliveira — Sempre incluímos questões ligadas ao Estatuto da Advocacia e código de ética. É uma forma de nos certificarmos que o bacharel estudou e entende as razões do estatuto e do código. Agora, se nós tivermos uma forma melhor de fazer a avaliação, isso será debatido.

A ética! Nossos presidentes, incluindo subseções, são nossos paradigmas a exemplo da Subseção Méier.

b>ConJur — O exame de Ordem pretende ser uma forma de defender a reserva de mercado?

Marcello Oliveira — Não entendo como a OAB, que tem 600 mil advogados em seus quadros, impõe uma reserva de mercado. O advogado já estabelecido não concorre com o recém-formado. No Rio, são 4,5 mil novos advogados por ano. Não sei a quantidade de advogados que o mercado teria condições de absorver.

Não, mas quem está no mercado é defensor ardoroso.

ConJur — As freqüentes denúncias de fraude no Exame de Ordem comprometem sua credibilidade?

Marcello Oliveira — No exame 33, um jornal divulgou que um professor de curso preparatório estava incentivando seus alunos a colar no exame. Se não me engano, a manchete era “Fraude ameaça exame da OAB”. Pergunto: o que a OAB tem a ver com o fato de um professor incitar os alunos a colarem? O que aconteceu foi uma tentativa de fraude. O mesmo aconteceu em São Paulo. Identificaram o vazamento, e antes de a prova ser realizada, o exame foi cancelado. Se o que está havendo é prevenção e as denúncias estão ocorrendo antes de macularem o exame, onde é que está o prejuízo à instituição? É exatamente o contrário, pois evitamos que as fraudes aconteçam.

No Rio não foi cancelado. Onde está a jornalista que denunciou a fraude? Alguém entrevistou Márcio Auríni da Silva? Proprietário da copiadora Jacoenc. Ele tem muito para falar.

ConJur — Há Exame de Ordem nos Estados Unidos, na França?

Marcello Oliveira — Nos Estados Unidos, há o Bar Exam. Amigos que tiveram a oportunidade de fazer contam que a prova é extremamente rigorosa. Deveríamos verificar a propriedade de se aplicar o exame em comparação com outros lugares. Não está havendo uma análise aprofundada do tema. O que há é oportunismo de um grupo de políticos?

ConJur — Foi o caso da frente parlamentar contra o Exame criada na Assembléia Legislativa do Rio?

Marcello Oliveira — Sem dúvida. A OAB em nenhum momento foi chamada para debater o assunto. Não consigo entender a criação de uma frente contra o exame, sem que o parlamentar tenha o cuidado de avaliar prós e contras das instituições e dos grupos sociais envolvidos.

ConJur — O senhor acha que existe a possibilidade de o Congresso a mudar a lei?

Marcello Oliveira — Espero que o Congresso entenda a importância do exame e o esforço que a OAB está fazendo nacionalmente para que ele seja correto. Enquanto ficarmos com frases de efeito ou não identificar que o problema está na deficiência da formação, não tem como avançar.

ConJur — Para que serve o bacharel sem a carteira da OAB?

Marcello Oliveira — Existem concursos públicos que têm conteúdo jurídico e não pedem a experiência prévia de advogado. O bacharel em Direito pode aproveitar seu conhecimento para administrar uma empresa. Quando admitimos o bacharel nos quadros da OAB, entendemos que ele, a princípio, tem a intenção de ser advogado. Se é importante para a magistratura que o bacharel exerça a advocacia, para ter experiência e possa entender o lado do advogado e do jurisdicionado, tanto melhor.

ConJur — O juiz togado consegue a carteira da OAB quando se aposenta sem passar pelo exame. O senhor acha justo?

Marcello Oliveira — Existe um debate interno se aqueles, que se aposentaram na magistratura ou no MP, deveriam prestar Exame de Ordem. Mas a Ordem está sujeita a uma norma que a obriga a admitir nos seus quadros o juiz togado. Ainda que essa questão seja levantada nas sessões do Conselho, temos de seguir a lei.

O Exame de Ordem é inconstitucional como diz o Movimento Nacional dos Bacharéis de Direito?

Marcello Oliveira — A Constituição fala do atendimento às qualificações profissionais que a lei estabelecer. A Lei Federal 8.906 determina a obrigatoriedade do exame. É um requisito de qualificação profissional. Não foi a OAB que estabeleceu a obrigatoriedade do exame, mas o legislador.

ConJur — A briga entre o MNBD e a OAB do Rio é jurídica ou política?

Marcello Oliveira — Pode ter nascido de uma reivindicação que eles acreditam ser justa, mas está se tornando política, porque há pessoas explorando isso politicamente. O movimento já demonstrou que está associado ao grupo político anterior à atual gestão da OAB-RJ. Parece que eles são os inocentes úteis. Com a unificação e o fim da fragilidade que o exame tinha e que vem de gestões passadas, dificilmente vão restar outros pontos objeto de alarde. A briga deve continuar em termos conceituais. Não vejo problema.

ConJur — E quanto ao advogado que assinou a petição dos bacharéis?

Marcello Oliveira — Se os clientes acham que tem uma reivindicação justa a fazer ao Judiciário, não posso criticar o advogado por exercer a profissão. Ele patrocina os interesses das outras pessoas. Não é o advogado que está em juízo, mas seus clientes.

ConJur — A prática não é importante no processo de qualificação do advogado?

Marcello Oliveira — Sim, mas é complementar. Não se pode imaginar que a prática dá formação ao advogado. Esta tem que ser de estímulo à criatividade, ao pensamento, à pesquisa. Isso ocorre no banco universitário. No escritório, o estagiário vai ficar realizando funções que não são de advogado propriamente, até que ele conquiste confiança. Outro dia, o professor Joaquim Falcão, conselheiro do CNJ, criticava um projeto de lei que propõe a antecipação da obrigatoriedade de estágio. Segundo o professor, o aluno tem que passar mais tempo em sala de aula. Eu concordo, a formação vem da universidade.

ConJur — O senhor disse que a OAB aborda no exame de Ordem questões sobre prerrogativas. No Rio, existe muito desrespeito ao trabalho do advogado?

Marcello Oliveira — Infelizmente, ainda se ouve sobre magistrados que afirmam que a presença do advogado é inútil ou que atrapalha. São vozes isoladas, mas absolutamente inadmissíveis. Em qualquer profissão, há aqueles que não têm a conscientização da sua função. Por isso estamos surpresos em função desse debate sobre a decisão da liminar da juíza Maria Amélia de Carvalho [que autorizou seis bacharéis de Direito a exercer a advocacia sem aprovação no Exame de Ordem]. A Ajufe [Associação dos Juízes Federais] divulgou nota em suporte à juíza e dizendo que a OAB não poderia tratá-la como inimiga pública. Só que a OAB nunca disse que a juíza era sua inimiga pública. Nossa postura não é de confronto com a Ajufe. Ao contrário, é colaborativa no sentido de identificar quem são os profissionais que excedem em suas funções para coibir esse tipo de prática. Nós fazemos isso na advocacia e esperamos que a magistratura também faça nos seus quadros.

ConJur — O senhor acha que houve abuso da juíza?

Marcello Oliveira — A juíza obviamente fez uma avaliação da pertinência dos argumentos jurídicos. Nós só achamos que essa interpretação não tem cabimento. Não acredito que tenha abuso, mas a interpretação dela é absolutamente equivocada. Abuso é um juiz em audiência mandar um advogado se calar quando ele tem direito à sustentação oral.

Revista Consultor Jurídico, 3 de fevereiro de 2008.

Frente Parlamentar Contra o Exame da Ordem - Assembléia Legislativa do Estado do Rio

lamor dos bacharéis em Direito.

No próximo dia 26 de fevereiro, às 14 horas, no Auditório Franco
Montoro da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo.

A Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Estado de São
Paulo tem a honra de convidá-lo para a audiência pública que
discutirá o PLS 186/07, em tramitação no Senado Federal, que propõe
o fim do Exame de Ordem como requisito para exercício profissional.

A questão será debatida em profundidade sob os prismas: jurídico,
político e social por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil
(OAB), do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito (MNBD) e por parlamentares.

No dia 28 de março, Seção Solene para Lançamento da Frente
Parlamentar Contra o Exame de Ordem na Assembléia Legislativa do
Estado do Rio de Janeiro (ALERJ).


PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 435/2007

EMENTA:

CRIA A FRENTE PARLAMENTAR CONTRA O EXAME DE ORDEM DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL - OAB.

Autor(es): Deputado FLAVIO BOLSONARO

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Votaram 60 Srs. Deputados. 38 “sim” e 22 “não”.

A matéria foi aprovada. Vai à Promulgação.

Se desejar consulte no TJRJ, senão click no número, eles são links.

Humberto Cairo é Presidente da Subseção Méier.

Luis Antônio seu Vice-Presidente.

Eliane Vasconcellos Ex-Presidente da Subseção Méier.

Wadih é o paradigma da advocacia eleito pelos cariocas.

Silvio, Ricardo, Alessandra, Fábio, Marcello e Marlene são os bacharéis beneficiários da liminar no Rio.

2008.001.023474-8

Autor: WADIH NEMER DAMOUS FILHO

Réu: SILVIO GOMES NOGUEIRA e outro(s)...

2008.001.024819-0

Autor: RICARDO PINTO DA FONSECA e outro(s)...

Réu: WADIH NEMER DAMOUS FILHO e outro(s)...

Fase: Conclusão ao Juiz

2007.800.066827-2

Autor do Fato: HUMBERTO CAIRO

Vítima: ELIANE DE VASCONCELLOS SANTOS DA COSTA

Fase: Digitação de Documentos

2008.208.002054-1

Autor do Fato: HUMBERTO CAIRO

Vítima: LUIS ANTONIO DOS SANTOS

Fase: Atos da Serventia

AS DUAS FACES DO PRESIDENTE DA OAB/RJ

O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, qualificou de "estapafúrdia" e "isolada" a liminar concedida aos seis bacharéis que não conseguiram ser aprovados no Exame de Ordem. Ele lembrou que, se a decisão não for suspensa imediatamente, as "conseqüências serão muito graves, abrindo espaço para uma enxurrada de ações para que possa advogar um sem-número de bacharéis sem qualificação, que porão em risco a liberdade, o patrimônio, a saúde e a dignidade de seus clientes. A OAB não vai permitir que ignorantes advoguem e ponham em risco a sociedade", garantiu.)"

O grande paradigma desta Nova OAB/RJ, que é referência na advocacia, por sucumbir no acórdão da QUARTA CÂMARA CRIMINAL DO TJ/RJ – APELAÇÃO N° 1248/02, conforme explicitado no blog do Movimento Nacional dos Bacharéis em Direito no Rio de Janeiro (MNBD-RJ), com sítio neste endereço eletrônico http://mnbd-rj.blogspot.com - e ser por diversas vezes reprovado, 5 (cinco) no total, pelos próprios advogados, que elegeram-lhe na 6ª (sexta) vez para Presidente da OAB/RJ, pela sua facilidade em administrar recursos financeiros, ainda está com outros processos em curso e terão mais, porque iremos fazer uma queixa-crime contra ele e também uma ação popular para quem for no lançamento da Frente Parlamentar, no dia 11 de abril de 2008, na ALERJ, horário 18:30, será necessário levar duas cópias da identidade, CPF, título de eleitor e declaração de conclusão do curso ou diploma, esta ação será gratuita.

Nós (bacharéis) somos ignorantes, despreparados,..., é isso mesmo? Vamos mostrar para OAB, para seus presidentes, quem são os ignorantes e despreparados! Pois, estes dirigentes não possuem argumento jurídico para defender o Exame de Ordem, apenas ofensas e desqualificações aos bacharéis, com seus argumentos falaciosos. Se eles falam que tem argumentos jurídicos, então que venham debater com o MNBD, estamos desafiando-os nas audiências públicas que teremos em vários estados. Porque, nós temos argumentos jurídicos, vejam a seguir:

1. O Exame de Ordem fere o princípio da Isonomia (as outras profissões, não tem tal exame. Ex.: medicina, engenharia,...)

2. A OAB não tem competência para regulamentar o Exame de Ordem (compete, privativamente, a União e também porque tem uma recente ADI, onde STF decidiu sobre a personalidade jurídica da OAB, que é um serviço público independente (que tem o mesmo significado de serviço social autônomo), não é autarquia federal, tendo como foro a justiça estadual, e nem agência reguladora, portanto não tem competência para regulamentar o tal exame).

3. A LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) é mais recente do que o Estatuto da OAB, portanto revogou este estatuto no que se refere ao Exame de Ordem.

4. É um direito humano, fundamental e constitucional (uma cláusula pétrea) – o direito de exercício profissional.

Vejam, se estes presidentes apresentam argumentos jurídicos, apenas ofendem e desqualificam os bacharéis, enquanto, nós do MNBD, argumentamos e desafiamos aos debates.

Portanto, chegou a hora de mostrar quem são os ignorantes e despreparados.

O MNBD representa 4 milhões de bacharéis em Direito, junte-se neste movimento cívico, em prol de toda a sociedade, pois a vitória será nossa.

A partir de agora os informes serão através do orkut e do blog.
http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=6882960498579560669
http://mnbd-rj.blogspot.com/

O e-mail mnbd.rj@globo.com continuará a receber mensagens, porém não transmitirá informes.