quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

A farra dos oportunistas em cima dos bacharéis em Direito



Caro doutor e mestre Fernando Lima, serei sempre incansável em elogiá-lo pelos seus méritos e dedicação por esta causa tão nobre, que incomoda tanto a nós, bacharéis e advogados, profissão de relevante importância em todos os segmentos da sociedade brasileira. Somente os dignos e éticos detêm essa consciência e são capazes de entender, unindo-se a esta causa em prol do bem estar único e maior.

Peço licença, com toda vênia, pois quero aproveitar para saudá-lo e, ao mesmo tempo, a todos que se assemelham a sua envergadura. A minha sigela intenção é de corroborar com os seus belíssimos comentários, principalmente com este que é muito oportuno, no que tange aos alunos das universidades em geral, em especial às particulares, que é inclusive meu caso.

Portanto, este que vos fala, com idade de 50 anos, e muitos outros colegas de todas as faixas etárias e que não tiveram a oportunidade de ter um patrocínio, seja da banda que for, ou por não pertencerem à elite do nosso País (Universidades Federais), ou por falta de outras opções tiveram que buscar, sim, com muitas dificuldades, para supri-las com as mais variáveis deficiências, já mencionadas pelo nobre colega, para poderem lograr êxito ao cabo destas faculdades particulares.

Uno-me, portanto, quando acrescento que as faculdades particulares não querem que os seus alunos concluam seus cursos muito rápido, sabatinando-os ferozmente, usando paradigmas insensíveis as condições das salas, porque senão será um a menos a deixar de engordar os seus polpudos cofres, forçando os tantos pagantes a buscarem um conhecimento além dos ensinamentos das salas de aula, muitas vezes realizadas pelos mesmos ardorosos defensores do tal exame de ordem, que lá estão, mais uma vez, aguardando os novos bacharéis graduados na outra ponta, como uma indústria, sejam como donos de faculdades e cursinhos preparatórios, professores , sejam profissionais da área, empresários que orbitam um determinado produto (livreiros, transportadores, lanchonetes, etc, a lista é grande), mestres, doutores, promotores, juízes, desembargadores, enfim, muitos deles antes professores inquestionavelmente "qualificados" como tal e, por último, os dirigentes, batonários e executores das senteças, determinadas sem a ampla defesa, tão defendida na Constituição, impedindo o exercício sagrado, que é o direto bacharéis ao trabalho.

Esta situação é, no mínimo, antagônica, e as leis do nosso País como ficam?! Para eles as leis não valem! Pois bem, se fôssemos bacharéis de outros cursos, como "leigos", seria mais compreensível, mas logo nós, doutores operadores do Direito, não, não podemos admitir essa falcatrua injustifícável pelas faculdades que fizemos por cinco longos anos, de pensador e não de vaquinhas-de-presépio ou de alienados.

Att, Dr. Antonio Julio - POA/RS.

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